sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A ‘Ciência dos Sonhos’ e a Criação Literária

Jarbas Couto e Lima

A literatura e a psicanálise se situam num campo comum, a saber, aquele que articula a linguagem e a subjetividade. Tanto do ponto de vista da criação quanto da estruturação mesma do discurso literário, são muitas as aproximações com aquilo que Freud e Lacan descobrem na estrutura e funcionamento do inconsciente. Grandes autores da literatura universal relatam sentirem-se, no processo de criação, suplantados por um Outro que, por assim dizer, assume sua pena no instante em que se acende a centelha criativa. Seja a assunção repentina de um tema a buscar o autor, de que nos fala Borges, ou a revelação de um Guimarães Rosa, que relata-nos um dos seus contos prediletos ter sido escrito através dele (Fernandes 2000, pp. 28-29), em ambos os casos, o que se quer relatar é esse estado de coisas em que o autor não tem a exata medida de quem encontra o tema ou de quem escreve. Esse processo que desloca o autor/indivíduo de sua posição de agente criador é muito semelhante ao que experimentamos no sonhar. Nos relatos dos sonhos esse processo de distanciamento entre o autor e a criação fica muito mais evidenciado. Além disso, partimos do ponto em que Freud reconheceu no produto da criação onírica a estrutura de um discurso eminentemente literário. Portanto, nosso objetivo aqui é tentar pensar sobre tais processos de criação literária que privilegiam a letra em detrimento do autor. Mais especificamente, entender até que ponto a teoria freudiana da interpretação dos sonhos serve a essa reflexão. Assim, pretendemos registrar nosso retorno a Freud no âmbito daquilo que se relaciona com um retorno à letra, o que, em nosso entendimento, representa um avanço.
Ernst Kris, a quem Freud confiou a editoria da Revista Imago, e que, posteriormente, veio a tornar-se um dos membros do mal-afamado "Triunvirato de Nova York", afirma em seu livro "Psicanálise da Arte" que o primeiro reconhecimento público ao livro de Breuer e Freud "Estudos sobre a Histeria", ante o silêncio dos colabores das revistas médicas, veio de um poeta, Alfred Von Berger. Este último, além de diretor do teatro imperial de Viena era um conhecido crítico de Literatura e Teatro. Em seu artigo intitulado "Cirurgia da Alma", citado por Kris, afirma com entusiasmo: "Essa teoria não é nada mais do que a psicologia dos poetas" (Berger, apud Kris, 1968, p. 203).
Este fato, sem dúvida, por si só demonstra quão cedo se deu a aproximação da psicanálise com a literatura. Mas Kris vai além. "Psicanálise da Arte" possui, pelo menos, uma seção dedicada ao tema da criação artística e um capítulo ao da inspiração, o qual faz referência constante à criação literária. Neles o autor explica que o processo de criação artística estaria composto de duas etapas complementares: a primeira etapa sendo realizada pela "inspiração", e a segunda pela "elaboração". A primeira etapa do processo de criação, conforme Kris descreve, é caracterizada pelo sentimento de "se estar sendo conduzido", pela "convicção de que um agente exterior preside a criação". A segunda etapa, por sua vez, teria muita semelhança com o trabalho habitual de todos nós, que implica dedicação e concentração. De tal modo que o processo de criação, que envolve essas duas etapas, em última instância seria presidido pelo Ego que controlaria a inspiração ou "loucura criadora", como o autor a nomeia, citando Platão. Desse modo, a criação artística resultaria, fundamentalmente, do trabalho do Ego, a quem caberia a função de controlar o processo primário e colocá-lo à sua disposição. Sua função seria a sublimação da atividade criadora. De onde, conseqüentemente, a arte adquiriria toda sua função, a saber, a função de comunicação. Ao Ego caberia, portanto, o papel de intermediário entre este processo inconsciente e o público a quem se dirige a criação artística.
Ainda que estejamos tratando do mesmo tema, o que levamos em conta aqui em termos de criação literária pouco tem a ver com essa mesma noção em Kris. Podemos nos distinguir em, pelo menos, dois pontos: Em primeiro lugar, não pretendemos considerar a função de um autor/indivíduo no processo de criação, a idéia de um Ego conduzido o processo não terá a menor importância em nosso trabalho (embora, não se possa descartá-la por completo); Em segundo lugar, na medida em que Kris compara a etapa primeira do processo de criação à loucura, parece indicar que não vê aí nenhuma razão operando.
Todavia, encontramos no próprio Kris algo que nos serve como uma indicação de onde vem, verdadeiramente, a inspiração no processo de criação. No capítulo sobre a inspiração ele apresenta algo que vale a pena considerar. Kris o inicia com a seguinte frase: "Tomemos o espírito da língua para nossos primeiros passos." Em seguida passa a empreender uma análise de duas acepções da palavra "inspiração". Na primeira delas, considera "inspiração" em seu sentido supostamente literal. Esse sentido que estaria, segundo ele, na seguinte narração do Gênesis (2, 7): "Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o sopro da vida, e o homem passou a ser uma alma vivente". O termo "inspiração" teria, assim, originalmente, o valor de "inalar" e "soprar". Entretanto, o autor se vale destes significantes apenas para, logo em seguida, abandonar este sentido considerado literal de "inspiração" e empregar o significante como uma metáfora, ciente de que tal emprego "transpõe a ação física de inspirar para o plano espiritual."
Embora se possa supor que não fosse essa a intenção do autor, ao adotar o que chama de "espírito da língua", ressalta-se, porém, que, ao fazer renascer do Gênesis os significantes "inalar" e "soprar", para, em seguida, jogá-los no esquecimento e daí criar sua metáfora, transpondo, com isso, a "inspiração" do plano físico para o plano espiritual, Kris coloca-se no interior da tradição freudiana. Pode-se afirmar que ele estava a um passo de apreender na articulação do significante inspiração toda estrutura da cadeia significante. Assim, surpreende-nos o fato de o autor ter negligenciado a função da linguagem em sua "psicologia dos processos criadores". Nesta última, pelo contrário, a atividade criadora, no que diz respeito a seu aspecto inconsciente, é concebida, fundamentalmente, como um processo de regressão às fases pré-genitais, que redundaria, em ultima instância, numa produção anal. As experiências pré-genitais seriam responsáveis pelas fantasias ligadas à inspiração e o elemento pré-genital que ressurge seria decorrente da regressão.
Consideramos que seria, no mínimo, desfocada, uma leitura de Freud como essa que permitisse conceber esse caráter tão biológico quanto inefável para o inconsciente. Bem como para o Ego esta função de mediador entre o mundo interno e o mundo externo. Ou ainda de atribuir ao Ego o valor principal de âmago da subjetividade. Ponderamos que, ao reter-se ante o que chama de espírito da língua, mesmo que se possa considerar inadmissível a hipótese de que o autor não tenha dado pelo menos alguns passos com Freud, estes não passaram dos primeiros. Ou seja: posto que Kris não quisesse retornar a essa tradição freudiana, surpreende, especialmente, o fato de que não a tenha ignorado por completo.
Assim sendo, de nossa parte, retornemos como a um ponto de partida a esse momento tão tardio da história da psicanálise citado por Kris, para mencionarmos o sentido que pretendemos dar à expressão um retorno a Freud, proposta como tema desta Jornada. Adiantamos que, em nosso caso, esse sentido consiste, mais precisamente, num retorno a essa aproximação tão remota quanto precoce feita por Berger entre psicanálise e poesia. Pretendemos retornar exatamente àquilo que ela nos apresenta de mais surpreendente: a radicalidade da aproximação entre a teoria do inconsciente e a criação literária. Nossa questão advém precisamente daí: que razão permitiria essa relação tão fundamental da teoria psicanalítica com a criação literária a ponto de se poder considerar a primeira como uma "psicologia dos poetas"? Aí reside nosso interesse em investigar tal relação no âmbito da 'Ciência dos Sonhos', no suposto de que há algo, simultaneamente, de teórico e poético que se assenta nessa curiosa ciência. Tal suposto, pelo menos, nos livra de tratarmos a criação literária como uma espécie de loucura, ainda que criadora.
Na célebre Carta 52, datada de 06 de dezembro de 1896, temos uma primeira aproximação quanto à natureza comum dos fenômenos em foco. Freud revela a seu amigo Fliess que está trabalhando com a hipótese de que "nosso mecanismo psíquico tenha-se formado por um processo de estratificação: o material presente em forma de traços de memória estaria sujeito, de tempos em tempos, a um rearanjo segundo novas circunstâncias – a uma retranscrição" (Freud 1988, p.324). O que Freud anuncia, então, como novo em sua teoria é o postulado de que o aparelho psíquico é fundamentalmente um aparelho de memória. Este funciona, essencialmente, por um processo que ele chama de retranscrição. Os próprios termos utilizados nesta carta, tais como transcrição, tradução, rearanjo, para referir-se aos processos por que passa o material psíquico, nos remetem à hipótese de que a memória desse aparelho é uma memória de linguagem, uma memória de escritura.
Assim, quando nos valemos da "Ciência dos Sonhos" é para ressaltar que nossa tentativa de analisar a relação entre os sonhos e a criação literária, no fundo, é um exercício desta aproximação da ciência com a significância, quanto à natureza do inconsciente. Freud ousou ao teorizar sobre os sonhos apesar das reprovações da ciência da época, mas nunca abandonou os princípios científicos que pretendia vigentes também para a psicanálise. De forma que a abordagem psicanalítica, segundo ele, deveria incluir mais a natureza do "psíquico" do que a simples descrição dos seus constituintes. Isso implicava, principalmente, numa gradativa aproximação teórica em relação à natureza dos processos psíquicos. Ainda que esta aproximação se dê sempre de maneira incompleta, já que, segundo Freud, aquilo que dela ignoramos é precisamente a parte mais importante. Ademais, tendo a clareza de que o inconsciente, por muito tempo, esteve "batendo aos portões da psicologia" e que a "filosofia e a literatura quase sempre o manipularam distraidamente", Freud considerava que o caráter científico de sua abordagem residia, sobretudo, no fato mesmo de ter descoberto algumas leis que governam esses processos de significância que nele ocorrem.
Mas vejamos como Freud concebe neste célebre texto, "A interpretação dos Sonhos" que, segundo Lacan, abre a via régia para o inconsciente, o que nos sonhos há de criação literária. Isso se dá com a elucidação de como opera nos sonhos os processos de transcrição de um material para outro. Freud considerava esse tipo de explicação um avanço em relação ao que se havia dito até ali sobre os sonhos. Como num movimento de retorno, ele apóia sua nova abordagem sobre sonhos não na ciência estrita, mas num regresso às convicções da antiguidade e da tradição popular de que os sonhos são passíveis de interpretação e possuem relações com o futuro. Disso podemos depreender que até mesmo no próprio Freud o avanço depende de certo retorno.
Assim, Freud apresenta uma abordagem nova sobre os sonhos, naquilo que, ao se dar conta do processo de transcrição por que passa o material psíquico no sonho, deixa de privilegiar apenas o seu conteúdo manifesto, tal como se apresenta em nossa memória e introduz uma nova classe de material psíquico, a saber, seu conteúdo latente. Segundo Freud, é deste último material, nos "pensamentos do sonho", e não do conteúdo manifesto, que depreendemos seu sentido. Assim sendo, a tarefa a que Freud se propôs foi a de investigar as relações entre o conteúdo manifesto dos sonhos e os pensamentos oníricos latentes e de desvendar os processos pelos quais estes últimos se transformaram naqueles. Freud se expressa assim:

"Os pensamentos do sonho e o conteúdo do sonho (ou conteúdo manifesto) nos são apresentados como duas versões do mesmo assunto em duas linguagens diferentes. Ou, mais apropriadamente, o conteúdo do sonho é como uma transcrição dos pensamentos oníricos em outro modo de expressão cujos caracteres e leis sintáticas é nossa tarefa descobrir, comparando o original e a tradução. Os pensamentos do sonho tornaram-se imediatamente compreensíveis tão logo tomamos conhecimento deles. O conteúdo do sonho, por outro lado, é expresso, por assim dizer, numa escrita pictográfica cujos caracteres têm de ser individualmente transpostos para a linguagem dos pensamentos do sonho. Se tentássemos ler esses caracteres segundo seu valor pictórico, e não de acordo com sua relação simbólica, seríamos claramente induzidos ao erro" (Freud 1988, p. 270).

Dessa forma, Freud propõe que tratemos o conteúdo dos sonhos como um rébus, o que significa dizer que não o tomemos simplesmente como uma composição pictórica absurda, mas que tentemos substituir cada elemento isolado por uma sílaba ou palavra que possa ser representada por aquele elemento de um modo ou de outro. Este método que nos leva a tomar o sonho ao "pé da letra" nos coloca no espírito da relação entre a "Ciência dos Sonhos" e a criação literária, já que como resultado de sua aplicação, segundo Freud, o que poderemos obter "é uma frase poética de extrema beleza e significado" (Freud 1988, p. 270).

Para nosso exercício de análise da relação entre os sonhos e a criação literária, tomamos como ponto de partida a noção de "memória" uma vez que em Freud não há psíquico sem memória. Queremos precisar, todavia, que não se trata aqui de memória de acontecimentos, mas da memória feita de traços e de diferenças. Sabemos que, para Freud, cada traço que constitui a memória é traço de impressão, de tal modo que o traço é a forma pela qual a impressão mantém seus efeitos. Cabe advertir ainda que essa relação não é ponto a ponto. Ou seja: cada traço não representa apenas uma determinada impressão, muito menos uma coisa ou um determinado objeto. Na concepção de memória que adotamos aqui, o traço torna-se texto logo que se inscreve, não havendo anterioridade de um sobre o outro. Em outras palavras, na dita "memória de escritura" os traços que ali restam constituem a estrutura do aparelho psíquico na mesma medida em que se inscrevem.
Uma cena onírica, por exemplo, pode representar a impressão de um acontecimento, mas essa representação se verifica na medida em que o conteúdo manifesto do sonho seja concebido como uma inscrição de traços de impressão, ou seja, como um texto, um texto feito de figuras como num rébus. Esse texto, quando recordado, não pode ser tomado como o material original e sim como um substituto deformado, que só com a re-transcrição em outros traços pode permitir sua decifração.
Assim, ao inscreverem-se como texto, os traços não mantêm nenhuma fidelidade com as impressões das quais se originam, uma vez que se inscrevem numa textura própria, indissociável, por outro lado, das leis estruturais do "aparelho". Ao conceber o sonho como um texto pictórico que precisa ser decifrado Freud inscreve algo fundante para a psicanálise, e permite a Lacan aí retornar para instituir o significante como algoritmo desse processo. A verdade a que queremos retornar em Freud é, por assim dizer, tributária desta escrita no inconsciente cuja letra Lacan nos avança.
Vejamos, desse modo, no texto de Lacan, fundamentalmente, em que este retorno nos avança. Ater-nos-emos àquele texto cuja instância da letra Lacan quis ressaltar para indicar o lugar de onde a letra insiste em exercer sua autoridade.
Sabemos que, no texto de Lacan, a verdade freudiana é um modesto raio de sol que inscreve nas bordas de sua sombra a imagem suntuosa de uma esfinge. Logo, para aquele que, ao contrário de Kris, não se detiver nas portas de seu paço tecido de poesia, não restará outra saída, que não seja sua entrada.
Avançar na instância da letra nos faz perceber de saída que, ao parodiar a razão freudiana com a letra no inconsciente, Lacan faz um retorno a uma concepção de razão que desde Freud é a própria insistência da letra no inconsciente. Ou seja: tudo o que ali se passa é esta estrutura que Lacan fez valer pela letra cujo algoritmo, enquanto tal, segundo ele, não passa de "pura função significante" (Lacan 1998, p. 501). A razão desde Freud é, pois, a própria estrutura da poesia, bem entendido, daquilo que restou neste significante poesia, com o valor de criação, logo que o articulamos com o significante grego poiésis. Ou seja: se o inconsciente é poeta, o é justamente na medida em que a poesia é a própria letra em criação. Esta criação literária que podemos escutar na poesia, Lacan nos faz ouvi-la como polifônica, o que significa dizer que:

"Não há cadeia significante, com efeito, que não sustente, como que apenso na pontuação de cada uma de suas unidades, tudo o que se articula de contextos atestados na vertical, por assim dizer, desse ponto (Lacan 1998, p. 507).


Podemos concluir que a metáfora da polifonia serve para Lacan nos advertir que a significância da cadeia significante não se produz entre dois significantes igualmente atualizados, mas que a "centelha criadora" que ascende um determinado significante no discurso é a mesma que declina outro, o qual, no entanto, ainda em brasa, mantém a conexão com o resto da cadeia.
O título de nosso trabalho propõe relacionar a "Ciência dos Sonhos" à criação literária. Procuramos fazer tal relação tomando a criação literária ao pé da letra, menos pela veia de um autor do que pela via da criação própria da letra. Considerando o que já foi dito até aqui, talvez já tenhamos pagado por este título um justo valor, na medida em que em sua letra ele carrega algo de impagável. A guisa de conclusão, acrescentarei apenas um breve comentário sobre o texto "Delírio e Sonhos na Gradiva de Jansen" no qual Freud analisa, a luz de da noção de fantasia, as criações oníricas presentes nessa obra. Sabemos que nesse texto, assim como no texto "Escritores Criativos e Devaneios" Freud privilegiou o estudo das fantasias como meio de explicação para o processo de criação nas obras literárias. Para ele, a obra literária e uma continuação, ou um substituto do brincar infantil. A criação literária é a expressão de um desejo.
Embora não o tenhamos privilegiado como tema em nossa exposição, sem dúvida, o desejo está diretamente relacionado com a substituição significante. Sabemos que é a metáfora que confere ao homem seu status de sujeito desejante e que é na qualidade de metonímico que o desejo persiste em designar o desejo do todo (objeto perdido) pela expressão de desejo da parte (objetos substitutivos). Isso parece estar de acordo com o que se passa no texto sobre a Gradiva de W. Jensen, no qual Freud apresenta o desejo como o retorno do recalcado. Lembremos que na medida em que Gradiva é uma metáfora, esta substituição confere a seu admirador Hanold a condição de sujeito desejante, pois só assim ele consegue fazer passar o seu amor recalcado por Zoe. Por outro lado, o passo da Gradiva (essa 'jovem que avança') representado no relevo pelo qual Hanold viu-se fascinado, sendo a expressão de desejo da parte, é tomado pelo desejo do todo. Desse modo, embora não tenha sido esse o nosso propósito neste pequeno trabalho, uma investigação mais ampla que levasse em consideração o sujeito do desejo e sua relação com a lógica significante, talvez pudesse ajudar a entender a criação literária com mais profundidade do que nós conseguimos aqui. Isso impõe mais retorno a Freud.

Referência Bibliografia:
Dör, Joel – Introdução à leitura de Lacan: o inconsciente Estruturado como Linguagem, Porto Alegre, Artes Médicas, 1992.

Fernandes, Lia Ribeiro – O Olhar do Engano: autismo e Outro primordial. São Paulo, Escuta, 2000.

Freud, S. Carta nº 52 (vol I) Obras completas, Buenos Aires, Amorrortu Editores, 1988.

_______ A Interpretação dos sonhos, (vols. 4 e 5), Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas, Rio de Janeiro: Imago, 1987.
________ Delírios e Sonhos na Gradiva (vol.IX), Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas, Rio de Janeiro: Imago, 1987.
_________ Escritores Criativos e Devaneios (vol.IX), Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas, Rio de Janeiro: Imago, 1987.

Garcia-Roza, Luiz Alfredo – Introdução à Metapsicologia Freudiana, (vol. 2), Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002.

Kris, Ernst – Psicanálise da Arte, São Paulo, Editora Brasiliense, 1968.

Lacan, J. A instância da Letra no Inconsciente ou a razão desde Freud, in Escritos, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.

NANCY, Jean-Luc; LACOUE-LABARTHE, Philippe. O título da letra. São Paulo, Escuta, 1991.