terça-feira, 12 de abril de 2011

Oficina

Vício de consertar poemas
os feitos de mim
velhos, miseráveis
imploram por escrito: não cremas!
Vão pra oficina.
Com
certo
trato
tornam
se
abstratos
no torno
retorço
os retos
conformo
os tortos
liquefaço
concretos
eruditos
destroço.
Oficina de poemas:
nobre sina
serra verso
corta termo
prega rima
lavra dor.
Velhos poemas consertados,
quem os quer, Amor?

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