sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O Silêncio

O silêncio é fala fingida
Que faz sem querer falar
Corta a carne faminta
Clama ao querer calar

Fere ânsia lancinante
Sangra o sonho em sacrifício
O silêncio segue cortante
Sem contestar o suplício

Cala-se por elegância
Silencia por sapiência
Torna palavra-migalha
Alimento da esperança

2 comentários:

Marcelino disse...

Coisa de poeta, gostar assim de silêncios (vide a postagem de 12/08/11): o silêncio, deveras, fala muito. Parabéns, poeta.

Jarbas Couto e Lima disse...

Marcelino, saudades!!!!