Falta ar
Passam idéias sufocantes
todas pela metade
O coração é um tanque de guerra
a cabeça, um míssil desativado
a alma flutua sobre o prodre resto de corpo
sobre braços ocos sem a carne da paixão
veias gélidas,
fúnebres
passos desatinados nas linhas da mão
os olhos abertos num quarto sem tua luz
sob o susurro do esquecimento
o silêncio toca o disco da tua voz
Para a oficina do ser eu
o ser tu já não é dito em mim
Sou um monumento europeu
ou um mendigo num sono de jardim?
Talvez seja o jornal que abraça o mendigo
talvez a ferrugem na flecha do cupido...
3 comentários:
Jarbas, adorei a lembrança... apesar do mico homérico! Tremia tanto e ainda esqueci no meio... e aquela plateia da UFMA... Mas lendo agora o poema, o trauma desaparece. Valeu a pena me encher de coragem e ir lá defender sua veia poética. O talento é antigo!
Giselly,
Você foi corajosa como ainda é hoje. Acho que você tinha uns 16 anos e enfrentou um auditório de universitários. Valeu o trauma.
Abraço!
BOM OS TEUS POEMAS ATE ME INSPIREI PARA MUSICAR UM OU OUTRO.
MARCO CRUZ
UM ABRAÇO.
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